Logo Folha de Pernambuco

Presidência

PT começa o planejamento para a transição presidencial; Alckmin e Nogueira devem comandar o processo

Edinho Silva conversou com Ciro Nogueira

Geraldo Alckmin e Ciro NogueiraGeraldo Alckmin e Ciro Nogueira - Foto: Everisto Sá/AFP | Divulgação

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já arregaçou as mangas deu início ao planejamento para o governo que assumirá a partir de 2023. O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), recebeu, nessa segunda (31), uma ligação do prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT-SP), um dos coordenadores da campanha petista, para os primeiros acertos sobre a transição. 

Depois da conversa com Nogueira, Edinho informou, por meio de uma nota, que o telefonema havia sido um pedido do próprio ministro-chefe da Casa Civil e que esse se dispôs a conduzir o processo de diálogo do governo de Jair Bolsonaro (PL) com a equipe de Lula.

Segundo Edinho, a informação foi repassada à coordenadora da campanha de Lula, deputada federal Gleisi Hoffmann, para que os encaminhamentos necessários fossem combinados. “Ressalto aqui a postura republicana e democrática do ministro Ciro Nogueira", declarou o prefeito. A expectativa é de que da conversa entre Hoffmann e Nogueira saiam os nomes que atuarão no gabinete da transição.

Lula já começou a escalar interlocutores para conversar com lideranças no Congresso, como os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A finalidade é a construção de uma pauta mínima de consenso que possa ser aprovada com rapidez nas primeiras semanas da nova legislatura, cuja prioridade é a adequação do Orçamento de 2023 às demandas do governo eleito.

Por ser um político experiente, com ótimo trânsito entre as forças políticas de centro que se aliaram à campanha de Lula no decorrer do processo eleitoral, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin provavelmente será encarregado de comandar o governo de transição.

A transição provavelmente será por duas vias: a técnica, que cuidará da análise e do diagnóstico das contas e políticas públicas do atual governo, e a política, responsável pela formação da equipe ministerial e da interlocução com o Legislativo.

O coordenador da campanha de Lula no Distrito Federal, o ex-deputado Geraldo Magela, afirmou ao CB.Poder que é preciso que o governo Bolsonaro abra suas portas para permitir que a transição seja feita tecnicamente, que todos os dados sejam liberados e, politicamente, Lula vai cuidar de como compor o governo e como restabelecer as pontes com os segmentos que ficaram, neste momento, conflitados.

Neste momento de transição, o atual governo deve criar 50 cargos comissionados para a equipe de Lula. Esses cargos serão extintos em até 10 dias após a posse do presidente eleito. Para o governo Bolsonaro, uma das finalidades do diálogo é elencar  as políticas públicas em andamento para que se evite solução de continuidade a partir do próximo ano.
 

Veja também

PF deve concluir inquérito sobre "Abin paralela" até o fim do ano
BRASIL

PF deve concluir inquérito sobre "Abin paralela" até o fim do ano

Indícios levantados pela PF apontam que Bolsonaro sabia do plano para matar Moraes
TRAMA GOLPISTA

Indícios levantados pela PF apontam que Bolsonaro sabia do plano para matar Moraes

Newsletter